Pura como a água...


De repente senti o mar...
penso que o mar me sentiu a mim...
a chuva, o vento, a tempestade chegaram também...
cobardia, coragem, medo...
não sei, mas senti algo!!!
O barco estava no porto...
sem saber se partir ou ficar...
as gaivotas falavam, mas eu não me importava...
não as ouvia, quem decidiu fui eu!!!
Parti...sem me esconder...
não era herói, era eu...
as gaivotas silenciavam dia após dia...
e a água pura deliciava-me os olhos!!!
Que viagem...
O vento soprava a chuva caía,
mas o sol brilhava as gaivotas já não falavam...
Cantavam...
Foi a viagem da minha vida!!!
Em outro porto não quero atracar...
Milha a milha vou percorrer...
E toda a minha vida te vou amar!!!

João Roso para Daniela Norte