Terror...


Corrente da alma que foge...
Corda do corpo que volta...
Regresso da vida amordaçada...
Retorno da carne amarrada!
Projéctil no sangue misturado...
Couro de calçado saboreado...
Aço na pele roçado...
Arames nos ossos entrelaçados...
Sentimento sem luz, imposto...
A revolta veio do passado...
Uma lágrima escorre pelo rosto...
Rosto esse destruído e abandonado!!!
Do futuro a brisa traz pavor...
O sonho nada mais vai buscar...
Limita-te com essa estúpida sorte...
O fado não consegues derrubar...
Vai fechando a janela e deixa o imaginário...
És um revolucionário sem norte...
Talvez numa vida extraplanetaria...
Consigas paz e deixes esse odor da Morte!!!

João Roso